segunda-feira, 1 de novembro de 2021

LUTO


 

Vida e morte andam juntas, ciclos iniciam e terminam dando lugar a outros, a dor da perda de alguém que não está mais entre nós ou algo acabou, por vezes é um sofrimento tão grande que a palavra luto é pouco expressar.

A perda de um ente querido pode ter um efeito devastador naqueles que ficam a estes cabe o papel de “deixar ir” a pessoa falecida, de “seguir em frente”. O tempo se mostra como um aliado para atravessar este difícil momento juntamente com o apoio e o convívio de amigos e familiares.

 Quando o enlutado não consegue realizar estas ações pode-se cruzar a delicada linha entre o uto e o luto patológico. Mais do que se concentrar apenas no tempo que alguém vive o luto deve-se prestar atenção a atitude “de não deixar o falecido partir”, “não conseguir abandonar algum sofrimento pela qual a pessoa passou ou pode passar num além da vida, de acordo com a crença religiosa do enlutado. Passar pelo luto é quase inevitável, pois ainda que alguém não passe pela perda de um ente querido ou não conheça o falecido, provavelmente convive com alguém que passará diretamente por esta experiência O importante é considerar que cada um passará pelo processo a sua maneira.

Assim é importante considerar não só o impacto que a perda tem em uma pessoa específica como também no sistema familiar.

O luto apresenta-se como um processo de desvinculação das relações com o falecido, relações boas ou ruins, desvencilhar destas relações muitas vezes se apresenta como um grande desafio.

Para atravessar o luto quatro passos se mostram fundamentais de acordo com Worden, (1991).

Aceitar a perda;

Elaborar a dor perda;

Rearranjar o ambiente em que o falecido não está presente;

Prosseguir com a vida, deixar o falecido ir.

Mas quando o luto acaba? Um bom sinal é quando a pessoa consegue se lembrar do falecido som dor e direcionar suas energias nos vivos.

Como auxílio para cumprir estas etapas pode-se lembrar e celebrar a vida de quem partiu, suas marcas positivas enquanto esteve presente. Lembrar do bem que sua presença fez nos que ficaram.

 

Referências:

Melo, A. R. P. Processo de luto: o inevitável purcurso face a inevitabilidade da morte. https://www.integra.pt/textos/luto.pdf

Worden, J. (1991). Grief Counseling and Grief Therapy. A Handbook for the Mental Health Practitioner (2 nd ed.) London: Routledge.

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