Abrindo este espaço de
discussão, com a primeira postagem de fato. Começamos falando sobre álcool,
esta substancia que está presente a muitos séculos no convívio social.
ÁLCOOL
Para falarmos sobre álcool é necessário levar em consideração a maneira como esta substância se
relaciona com o sujeito e com o conjunto de seu convívio social, não apenas a substancia, como se o
álcool fosse um agente independente. Seguindo este raciocínio é preciso se perguntar:
Por que a pessoa bebe? O que a faz procurar a bebida? Uma vez
que consome álcool ou outras drogas, por que faz uso abusivo ou moderado?
Em nossa sociedade o álcool é
uma droga lícita, socialmente aceita, e seu consumo é difundido de várias
maneiras, como parte de experiências religiosas, também é usado para comemorações, para
consolar amarguras da vida, para encorajar e também presente como um dos
fatores que propiciam a desorganização social de um sujeito. Neste caso a
frequência de consumo, o uso abusivo, acarreta o alcoolismo, consequentemente o
prazer proporcionado pelo álcool é superado pela malignidade decorrente de seu
consumo abusivo, beber alivia cada vez menos e traz prejuízos cada vez maiores.
A maioria das pessoas que
bebem, o fazem de forma moderada, porém, o beber exagerado, beber pesado, é um
comportamento muito presente em nossa sociedade.
O alcoolismo considerado
como doença teve início com a sociedade industrial moderna, apesar de sua utilização
ser conhecida desde tempos antigos. A figura do “bebum” é relatada durante
séculos, é tão comum que até se tornou personagem de comédia.
Numa classificação que toma
como base os efeitos aparentes que as drogas exercem no sistema nervoso central
(SNC), e as alterações observáveis no comportamento ou na atividade mental, se classificam as drogas em três categorias:
- drogas depressoras da
atividade mental;
- drogas estimulantes da
atividade mental;
- drogas perturbadoras da
atividade mental.
Entre estas categorias o álcool
é classificado como uma droga depressora da atividade mental. As drogas
pertencentes à esta categoria apresentam como característica causar a
diminuição global ou parcial da atividade do SNC, a consequência desta diminuição é
uma redução da atividade motora, da ansiedade e da reatividade à dor. Comumente
o que se tem é um efeito euforizante para em seguida um aumento de sonolência.
Os efeitos do álcool no
organismo se relacionam com o nível do mesmo no sangue, o que varia de acordo
com a bebida ingerida, a velocidade de sua ingestão, a quantidade de alimento
no estomago, além de alterações metabólicas como por exemplo uma insuficiência hepática.
Os efeitos do álcool variam
de acordo com sua quantidade no sangue, assim tem-se:
- nível baixo: diminuição da
crítica; prejuízo das funções sensoriais, a pessoa chora ou ri por motivos poucos
significativos – chamado de labilidade afetiva e hilaridade, desinibição
comportamental, início de incoordenação motora.
- nível médio: aumento da
incoordenação motora – chamada de ataxia, aumento da sonolência com diminuição
da capacidade de raciocínio e concentração, reflexos lentos, dificuldade de
marcha e fala pastosa;
- nível auto: visão dupla –
chamada diplopia, náuseas e vômitos, aumento da ataxia e da sonolência podendo
chegar ao coma, hipotermia e morte por parada respiratória.
No decorrer do tempo, surge a necessidade de uma quantidade cada vez maior da
substancia para se obter o mesmo efeito obtido em ocasiões anteriores – chamado
de tolerância. Outro efeito causado é a síndrome de abstinência, sintomas desagradáveis
acarretados pela interrupção ou redução do consumo.