segunda-feira, 16 de junho de 2014

Caosmose

Um pouco mais do pensador Felix Guattari sobre a Caosmose:
"A caosmose esquizo é um meio de apercepção das máquinas abstratas que funcionam transversalmente aos estratos heterogêneos. A passagem pela homogênese caósmica, que pode ser – mas isso não é jamais garantido nem mecânica nem dialeticamente – uma via de acesso para a heterogênese complexal, não constitui uma zona de ser translucida, indiferente, mas um intolerável foco de criacionismo ontológico (Guattari, 2006, p.104-105)".

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Abrindo este espaço de discussão, com a primeira postagem de fato. Começamos falando sobre álcool, esta substancia que está presente a muitos séculos no convívio social.
ÁLCOOL

Para falarmos sobre álcool é necessário levar em consideração a maneira como esta substância se relaciona com o sujeito e com o conjunto de seu convívio social,  não apenas a substancia, como se o álcool fosse um agente independente. Seguindo este raciocínio é preciso se perguntar: Por que a pessoa bebe? O que a faz procurar a bebida? Uma vez que consome álcool ou outras drogas, por que faz uso abusivo ou moderado?
Em nossa sociedade o álcool é uma droga lícita, socialmente aceita, e seu consumo é difundido de várias maneiras, como parte de experiências religiosas, também é usado para comemorações, para consolar amarguras da vida, para encorajar e também presente como um dos fatores que propiciam a desorganização social de um sujeito. Neste caso a frequência de consumo, o uso abusivo, acarreta o alcoolismo, consequentemente o prazer proporcionado pelo álcool é superado pela malignidade decorrente de seu consumo abusivo, beber alivia cada vez menos e traz prejuízos cada vez maiores.
A maioria das pessoas que bebem, o fazem de forma moderada, porém, o beber exagerado, beber pesado, é um comportamento muito presente em nossa sociedade.
O alcoolismo considerado como doença teve início com a sociedade industrial moderna, apesar de sua utilização ser conhecida desde tempos antigos. A figura do “bebum” é relatada durante séculos, é tão comum que até se tornou personagem de comédia.
Numa classificação que toma como base os efeitos aparentes que as drogas exercem no sistema nervoso central (SNC), e as alterações observáveis no comportamento ou na atividade mental, se classificam as drogas em três categorias:
- drogas depressoras da atividade mental;
- drogas estimulantes da atividade mental;
- drogas perturbadoras da atividade mental.
Entre estas categorias o álcool é classificado como uma droga depressora da atividade mental. As drogas pertencentes à esta categoria apresentam como característica causar a diminuição global ou parcial da atividade do SNC, a consequência desta diminuição é uma redução da atividade motora, da ansiedade e da reatividade à dor. Comumente o que se tem é um efeito euforizante para em seguida um aumento de sonolência.
Os efeitos do álcool no organismo se relacionam com o nível do mesmo no sangue, o que varia de acordo com a bebida ingerida, a velocidade de sua ingestão, a quantidade de alimento no estomago, além de alterações metabólicas como por exemplo uma insuficiência hepática.
Os efeitos do álcool variam de acordo com sua quantidade no sangue, assim tem-se:
- nível baixo: diminuição da crítica; prejuízo das funções sensoriais, a pessoa chora ou ri por motivos poucos significativos – chamado de labilidade afetiva e hilaridade, desinibição comportamental, início de incoordenação motora.
- nível médio: aumento da incoordenação motora – chamada de ataxia, aumento da sonolência com diminuição da capacidade de raciocínio e concentração, reflexos lentos, dificuldade de marcha e fala pastosa;
- nível auto: visão dupla – chamada diplopia, náuseas e vômitos, aumento da ataxia e da sonolência podendo chegar ao coma, hipotermia e morte por parada respiratória.

No decorrer do tempo, surge a necessidade de uma quantidade cada vez maior da substancia para se obter o mesmo efeito obtido em ocasiões anteriores – chamado de tolerância. Outro efeito causado é a síndrome de abstinência, sintomas desagradáveis acarretados pela interrupção ou redução do consumo.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A caosmose não é própria da psique individuada. Confrontamo-nos com ela na vida de grupo, nas relações econômicas, no maquinismo, por exemplo informático e mesmo no interior de Universos incorporais da arte ou da religião. Ela convoca, a cada vez, a reconstrução de uma narratividade operacional, quer dizer, funcionando para além da informação e da comunicação, como cristalização existencial de uma heterogênese ontológica (Guattari, 2006, p.107/108).